Tributo à Cerveja

Acabei de desenterrar este poema à cerveja, de um amigo meu, de muito tempo atrás.

Linda loira desejada,
na geladeira internada.
Pro meu desejo é a cura,
porque me mostra em loucura,
teu prazer de estar gelada.
É carioca, é paulista,
pernanbucana e mineira.
No Brasil de ponta a ponta
querem você por inteira.
Meia, inteira ou em lata,
seja morena ou mulata.
Loira de ouro de prata,
ou de amigos verdadeiros.
No som da timba ou da lata,
ou no samba do pandeiro.
Na torcida do mengão,
do coringão ou cruzeiro.
Já foi paga com tostão
e hoje eu gasto meu dinheiro.
Não sou filho de patrão
mas também sou Brasileiro.
Não assino o Estadão,
também não assino veja.
Não sei se é por ventura
ou se é por natureza,
nesse mundo coca-cola,
sou adepto da cerveja.

Naelton Alexandre

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